A identidade masculina tem sido amplamente estudada na Psicologia, Sociologia e Antropologia, refletindo mudanças nas últimas décadas. A ausência da figura paterna e o enfraquecimento de rituais de transição para a idade adulta impactam o desenvolvimento emocional e social dos homens.

Segundo Moore & Gillette (2005), a masculinidade enfrenta uma crise sem precedentes, tornando-se cada vez mais difícil definir características exclusivamente masculinas ou femininas. A falta de referências masculinas no sistema familiar afeta o equilíbrio emocional e a capacidade de relacionamento.

Estudos antropológicos mostram que, em sociedades tradicionais, rituais de iniciação ajudavam jovens a transitar para a vida adulta. Na sociedade moderna, esses processos perderam a força, resultando em dificuldades emocionais e imaturidade masculina.

Homens que não passam por um processo de maturação emocional podem desenvolver a chamada Psicologia do Rapaz, caracterizada por impulsividade, agressividade e insegurança. O desenvolvimento de uma masculinidade saudável e madura exige um processo de transformação guiado e consciente.

O patriarcado não representa uma masculinidade madura, mas sim um masculino imaturo e inseguro. Esse sistema perpetua o medo e a necessidade de controle, afetando tanto homens quanto mulheres.

A psicoterapia ajuda os homens a ressignificar sua identidade masculina, promovendo um equilíbrio entre força, sensibilidade e maturidade emocional. Esse processo permite a transição da Psicologia do Rapaz para a Psicologia do Homem, proporcionando crescimento pessoal e relacionamentos mais saudáveis.